Carta Política #145

“A pauta tem que ser reforma da Previdência e Pacto Federativo, via reforma tributária. O resto é para atrapalhar e para criar confusão”.

(Flávio Dino, governador do Maranhão pelo PCdoB)

A arena pública, na semana, debateu principalmente em torno da pauta de liberalização do porte de armas. A tragédia de Suzano e os desdobramentos do caso Marielle dominaram a pauta da imprensa.

A polícia prendeu dois suspeitos, Ronie Lessa e Elcio Queiroz, pelo assassinato da vereadora Marielle Franco. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a vereadora parece ter sido executada por milicianos. O fato de Lessa, suposto executor, ser vizinho de condomínio do presidente na Barra da Tijuca fez com que o Planalto tivesse que reagir. Bolsonaro e Moro defenderam a continuidade das investigações, e também o descobrimento do mandante do atentado contra o então candidato em Juiz de Fora.

De volta a Brasília, a Câmara elegeu a presidência de diversas comissões, conforme o cronograma desenhado por Rodrigo Maia. A Comissão de Constituição e Justiça, por onde tramitará a reforma da Previdência, ficou encabeçada por Felipe Francischini, do PSL do Paraná. As expectativas dão conta de que hoje já há maioria na CCJ para conceder o parecer favorável à PEC, com votação esperada para o dia 27. Um mapeamento político publicado ontem pelo Valor mostra que, hoje, temos 144 votos contrários à reforma. Com 95 parlamentares declarando apoio total, 54 apoio parcial, e 220 indefinidos, o governo precisa convencer mais de 70% dos indecisos para aprovar a proposta. Os governadores do Nordeste emitiram um comunicado conjunto, no qual exigiam um enxugamento da reforma da Previdência – mas não a descartavam por completo. Foi um bom sinal.

Enquanto isso, a agenda econômica avança. O leilão dos aeroportos, encerrado hoje na bolsa de São Paulo, foi um sucesso. Com expectativas iniciais de arrecadação de R$ 2.1 bilhões, o governo arrecadou R$ 300 milhões a mais e teve dois blocos arrematados por grupos europeus.

Na agenda internacional, Bolsonaro visitará Donald Trump na terça-feira da semana que vem. Na pauta, está uma maior integração econômica entre os países, a nomeação de embaixadores, um acordo para a base de lançamento de Alcântara, a situação da Venezuela, entre outros.

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