“Esta gestão vê com tristeza e consternação a interrupção temporária de uma política pública de esporte inclusiva, democrática e igualitária no Governo Federal, mas entende que esse caminho apenas começou a ser trilhado”.
(Ana Moser, ex-ministra do Esporte)
Procurando ampliar sua base de apoio no Congresso – em particular na Câmara dos Deputados – o governo decidiu seguir adiante com uma minirreforma ministerial.
A ministra do Esporte, Ana Moser, será substituída pelo deputado André Fufuca (PP-MA), que receberá um ministério dos Esportes “turbinado” com quatro novas secretarias, entre elas a recém-criada Secretaria das Apostas Esportivas.
Já Márcio França, do PSB, irá deixar o ministério de Portos e Aeroportos, que passará a ser comandado pelo deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). O ex-governador de São Paulo provavelmente será acomodado em um novo ministério a ser criado, que se chamará Ministério do Empreendedorismo, Cooperativismo e Economia Criativa.
Incluir os dois partidos do Centrão na nova Esplanada não foi uma decisão politicamente fácil. Ana Moser havia sido apoiadora de primeira hora da candidatura de Lula, assim como o PSB. Com isso, no entanto, o governo espera conseguir fidelizar pelo menos algo como 70 a 75 votos dentre os 90 integrantes das duas bancadas.
Para os partidos recém-chegados ao governo, é um bom negócio. PP e Republicanos não são partidos ideológicos, mas mais provincianos. A eles interessa ter a possibilidade de controlar orçamentos de ambos os ministérios, de forma a aumentar as chances de conseguirem um bom desempenho nas eleições municipais, daqui a um ano.
Para o governo, o que interessa é ter um ambiente mais tranquilo na Câmara. A nova base será testada rapidamente, com as reformas em tramitação neste momento no Congresso.