Carta Política #307

“A pré-campanha é muito pessoal. As ações do Lula ou do Bolsonaro não contribuíram para que nenhum dos dois melhorasse. Oscilação não é melhorar. O que continua dando vantagem ao Lula, que segue favorito”.

(Gilberto Kassab, presidente do PSD)

 

                    Agregando as pesquisas e lhes atribuindo pesos diferentes de acordo com diferenças metodológicas, chegamos à conclusão de que não está havendo muita movimentação nas preferências eleitorais. Em grandes linhas, Lula permanece favorito, com cerca de 45% das intenções de voto; seguido por Bolsonaro, com pouco menos de 30%. Até mesmo Ciro Gomes conta com preferências estáveis, carregando consigo de 6 a 8% do eleitorado. Temos um cenário cristalizado.

                   Mas o próximo mês poderá inaugurar um tempo de movimentações mais intensas no eleitorado. Bolsonaro terá à sua disposição uma série de elementos para lançar mão, conforme se inicia o período da campanha eleitoral em 16 de agosto.

                   Poderá mostrar a melhora dos índices econômicos: os últimos dados demonstraram robustez no emprego. O número de desempregados ao fim de junho recuou em 15,6% em relação ao primeiro trimestre, e alcançamos o menor nível de desemprego desde 2015, a 9,3%. Os números de atividade também estão moderadamente fortes, e a inflação deve começar a desacelerar ao longo dos próximos meses.

                   O presidente também poderá mostrar a PEC dos Benefícios, cujos efeitos se materializam em agosto, com a majoração do Auxílio Brasil e do Vale-Gás, além dos benefícios para caminhoneiros e taxistas.

                     Caso Bolsonaro apresente uma melhora sensível de sua percepção junto ao eleitorado ao longo deste mês, poderá se aproveitar do bom momento para convocar muita gente às ruas já na sequência, no 7 de setembro. A partir de então, teremos maior visibilidade quanto às possibilidades de reeleição. Por enquanto, todavia, o cenário favorece amplamente ao ex-presidente Lula.

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