“Estamos no ‘plano A’, não perdemos no primeiro turno. Vamos ganhar no segundo turno”.
(Arthur Lira)
A PEC dos Precatórios foi aprovada em primeiro turno na Câmara. Foi uma votação difícil, com o projeto sendo aprovado na madrugada com margem de apenas 4 votos, em meio a um quórum apertado. 57 deputados se abstiveram de votar. Arthur Lira resolveu correr o risco e submeter o projeto ao plenário mesmo com o resultado incerto.
A repercussão na mídia aos deputados que aprovaram o projeto, especialmente em bancadas de oposição, foi bastante negativa. PSDB e PDT votaram favoravelmente; e foram amplamente criticados por contarem com candidatos próprios à presidência no ano que vem. A votação dos destaques e o segundo turno ficaram agendados para a 3ª feira que vem. Joga favoravelmente a perspectiva de uma presença em plenário maior; joga contra a repercussão bastante negativa.
Caso aprovada na Câmara, a PEC segue para o Senado, onde já sofre resistências importantes. Apesar dessas questões, a expectativa é de que o projeto seja aprovado até o fim deste mês.
No mais, Sérgio Moro anunciou que se filiará ao Podemos, em evento marcado para o dia 10 de novembro. O ex-juiz já vem se manifestando a assuntos alheios ao seu domínio técnico, emitindo nessa semana opinião sobre questões fiscais e de inflação nas mídias sociais. Os jornais dizem que Moro quer disputar, em um primeiro momento, a Presidência da República.
Será interessante ver como a introdução oficial de Sérgio Moro na corrida pelo Planalto impactará as intenções de voto. Teoricamente, sua candidatura prejudica a de Bolsonaro. Caso aglutine apoio suficiente, poderá tornar-se o nome mais forte da 3ª via.
A mídia diz que, em privado, Moro admite se abster da corrida caso haja outra opção mais viável, e poderia disputar o Senado por São Paulo ou pelo Paraná. Dizem até que já existe uma “dobradinha” combinada com João Dória, caso este seja mesmo o candidato tucano. O governador paulista já confirmou presença na cerimônia de filiação do ex-juiz.