“O teto não pode ficar intocado em um momento de extrema necessidade em que é preciso salvar vidas. Obviamente, essa rigidez pode ser relativizada, mas vamos trabalhar muito para que não seja relativizada”.
(Senador Rodrigo Pacheco, candidato à presidência da Casa)
As pressões por um novo auxílio-emergencial estão ficando cada vez mais intensas, em meio à disputa pelas presidências da Câmara e do Senado. Ambos os favoritos na disputa defenderam discutir o tema, respeitando as restrições fiscais.
Arthur Lira chegou a mencionar detalhes: um auxílio novo de R$300 por 6 meses, por exemplo, poderia beneficiar cerca de 28 milhões de pessoas a um custo total de R$50 bilhões. Em comparação, o auxílio do ano passado custou R$292 bilhões, beneficiando 68 milhões de pessoas em 9 meses.
As circunstâncias efetivamente mudaram: o temor é que o colapso de Manaus tenha sido apenas o primeiro. Os casos realmente aceleraram muito em todo o país. Belo Horizonte foi a primeira capital a apertar significativamente as restrições, e é esperado que o governador paulista anuncie ainda hoje medidas adicionais de restrição, com os hospitais no Estado se aproximando, mais uma vez, de níveis críticos de ocupação.
Para que sejam discutidos novos benefícios, é necessário votar o Orçamento, que não foi avaliado no ano passado. Arthur Lira prometeu que se eleito iria imediatamente instalar a Comissão Mista para discutir o Orçamento e a partir de então destravar a pauta.
Enquanto isso, alguns jornais vêm aumentando a pressão para que os parlamentares avaliem o impeachment do presidente. Pesquisa feita nesta semana e publicada hoje pela Exame indica que a aprovação da gestão de Bolsonaro despencou de 37% para 26%, a maior queda semanal desde o início de seu governo, provavelmente fruto dos problemas em Manaus, da questão da vacina, e do fim do auxílio-emergencial.