“Foi [uma] reunião histórica onde todos fizeram balanço dos seis primeiros meses e o planejamento até dezembro. Os presidentes dos bancos públicos também fizeram um balanço. Entre as ações programadas está o novo PAC e ações na área da educação”.
(Rui Costa, Ministro da Casa Civil)
O governo realizou, nesta semana, uma reunião ministerial. Foi um freio de arrumação: o Presidente pediu que cada um dos 37 ministros de estado falasse sobre suas realizações até agora, relatasse suas dificuldades, e elencasse seus planos futuros.
O pano de fundo do evento foi a contínua dificuldade do governo na articulação política. Como bem se sabe, o governo centrou seus esforços até agora em assegurar bom trânsito com o Senado e com o Supremo Tribunal Federal. Em contraposição, a Câmara, que contava com prestígio e protagonismo no governo anterior, se sente desprestigiada.
Para tentar “azeitar” a relação com a Câmara dos Deputados, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu que os integrantes da Esplanada acelerassem as nomeações de indicados políticos nas respectivas pastas e órgãos relacionados. A SRI há encaminhou 400 nomes de aliados para assumirem cargos na estrutura federal, mas muitas dessas nomeações ficaram paralisadas.
Além disso, os deputados da União Brasil pedem que Lula troque a ministra do Turismo, Daniela Carneiro. Ela teria conseguido o ministério pela cota do partido, mas está de saída para o Republicanos, e o UB não se sente mais representado pela sua presença na Esplanada. A bancada indicou o deputado Celso Sabino para substituí-la.
Apesar de ter representação ministerial, o União Brasil é um dos partidos menos alinhados ao governo nas votações. Apenas o PL e o Novo se comportam de maneira mais opositora ao governo do que o partido em seus votos.